terça-feira, 11 de novembro de 2008

Sino


Badaladas de choro
Grito
Repique de perfídias
Ignomínias
Nem em dias, nem em horas
Nem em quartos
É nos abalos tristes que ele bate
É quando o coração da gente soa
Num parto, numa ida, num desastre
Na perca do amigo é que ele ecoa
Repica em desalinho
Ri e chora
Nem em quartos, nem em horas,
Nem em dias, nem em meses
Repica de alegrias, de saudades
Ressoa lento pelas noites
Pelas tardes
Nem em segundos, nem em horas,
Nem em anos, nem em quartos.
É nos entre tempos que ele bate.


3 comentários:

Violeta disse...

linda torre.
:)

Manuel Veiga disse...

ora aqui está uma peregrinação (a Fátima) que parece valer a pena... rss

gostei do poema.

beijos

SMA disse...

E bate fora do tempo
que é nosso esse tempo
.
.
.
bjo de cristal