segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Branca de Neve na versão de Angelin Preljocaj



Uma versão que segue a história dos irmãos Grimm. Soluções cénicas bastante interessantes, numa linha romântica minimalista. Com figurinos de Jean-Paul Gaultier, música de Gustav Mahler. Para quem gosta de bailado contemporâneo, não tão contemporâneo como isso...

sábado, 27 de dezembro de 2008

Jacques Brel - La chanson des vieux amants



Eterno.

domingo, 14 de dezembro de 2008

When humans are sleeping...




Tenham cuidado com o que deixam em cima da mesa! Feliz Natal!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Salvem os ricos




Os Contemporâneos no seu melhor!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Tango



It takes two for tango, ain't that so?

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Espelhos



"untitled mirror" by zsofi porkolab


Persigo há muito a senda dos espelhos.
A intrigante e abismal distância
onde tudo descansa. Reinos virtuais
de nevoeiros e acordes improváveis.

Os espelhos não dormem. São atentos
ao nascimento e à morte de imortais.
Intacta guardam a memória dos que
na sua transparência se colaram.

Quem dera ao entardecer os penetrasse
o frio diamante do meu peito
e os incontáveis braços das ausências,
comovidos, rendidos, me pegassem.

Licínia Quitério, in "De pé sobre o silêncio"

domingo, 7 de dezembro de 2008

sábado, 6 de dezembro de 2008

A arte está em todo o lado


Nós não nos damos conta de como a arte nos trespassa de todo o lado. Anotar isso aos que vaticinam a morte da arte. Isto ao nível mais corriqueiro. Dispor os móveis numa sala é fazer arte. Ou olhar uma paisagem, pôr uma flor na lapela, ou num vaso. Escolher uma gravata, uns sapatos. Provar um fato. Pentear-se. Fazer a barba ou apará-la quando comprida. Todas as coisas de cerimónia têm que ver com a arte. E o corte das unhas. Todo o jogo. Toda a verdade que releva da emoção. Às vezes mesmo a escolha do papel higiénico. Mas mesmo a desordem. Bergson, creio, dizia que se tudo fosse desordenado, nós acabaríamos por ler aí uma ordem. E não é o que fazemos ao inventarmos as constelações? Admitir a morte da arte é admitir a morte do homem, que impõe essa arte a tudo o que vê. Mas tenho de ir à casa de banho. A ver se invento arte mesmo aí. (Mas quando disse «casa de banho» e não «retrete», já a inventei.)


Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 3'

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Prelude from Bach´s Cello Suite No. 1



Intérprete: Mischa Maisky

I'm in the mood for cello...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Reinvenção do mundo


by Maciej Knapa

Não quero mais um dia.
Quero um novo dia,
Repleto de surpresa e fantasia.
Anseio por novidades e mudanças,
Novas cores,
Novas vidas,
Novas esperanças.
Algumas noites deveriam ser prateadas,
Porque hão-de ser sempre negras e cerradas?
E o mar? Sempre azul cintilante!
Porque não vermelho flamejante?
Os campos deveriam amanhecer azuis algumas vezes,
E todos os anos deveriam mudar o nome dos meses.
Como seria doce pela manhã despertar,
Olhar ao alto e exclamar:"Hoje o céu está da cor da esperança,
E o tempo parou! O relógio não avança."
Mas os dias... são todos tão iguais,
Vinte e quatro horas pontuais.
Estou enfastiado desta monotonia grosseira,
Não poderiam ser vinte cinco à sexta-feira?
Contem-me mentiras novas, histórias surpreendentes.
Reinventem o mundo com imagens diferentes.
Só tenho vinte cinco anos e estou tão cansado...
Reinventem este mundo ou levem-me para outro lado!



Gonçalo Nuno Martins, in Nada em 53 vezes