quinta-feira, 12 de julho de 2007

3.




na areia da praia encontramos tudo
um brinquedo esquecido
pegadas de gaivotas
um adeus desenhado no coração

um bom-dia imprevisto quando estamos sós
e as espinhas dos peixes limpas pela água

o eco da voz vai com as ondas
que limpam já os passos inseguros
doutro caminho iluminado e breve
frágil no pó dos ossos incendiados

todo o fogo se consome a si próprio.


José Felix, in Antologia Poética Amante das Leituras

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Pausa. Breve. Sempre à beira de água.