Cidade dos outros
Uma terrível atroz imensa
Desonestidade
Cobre a cidade
Há um murmúrio de combinações
Uma telegrafia
Sem gestos sem sinais sem fios
O mal procura o mal e ambos se entendem
Compram e vendem
E com um sabor a coisa morta
A cidade dos outros
Bate à nossa porta
Sophia de Mello Breyner Andresen
Publicado por vida de vidro às 08:18
Categoria: O que eu vejo, Os poetas do Parque