A inteligência é relativa
Os irmãos Coen já nos habituaram a filmes, no mínimo, imprevisíveis e nos quais as personagens se "embrulham" em situações sem saída. Entre o humor e a tragédia, aí reside o que nos têm dado desde que começaram no cinema. Basta lembrar Fargo, The Big Lebowski, No country for old man, e bastantes outros. Pela qualidade reconhecida, têm atraído aos seus filmes casts extraordinários. Este "Burn after reading" faz jus à fama dos autores, ainda que não seja o seu melhor filme.
Uma das "frases chave" usadas na divulgação do filme é "Intelligence is relative" e até aqui há um jogo de palavras com o duplo sentido que a palavra "intelligence" pode ter. Afinal, tudo tem uma qualquer ligação à CIA, ainda que nem os que estão "por dentro" saibam bem qual é.
George Clooney, Frances McDormand, John Malkovich, Tilda Swinton e Brad Pitt (olhem só como eu comecei e acabei bem a lista...) têm actuações extraordinárias, num filme que joga com a bastante relativa inteligência das personagens para criar situações extremas. Como chegam lá, só vendo...
3 comentários:
Excelente apreciação do filme, acho que o conceito de "intelligence" tem, na realidade, muito pouco a ver com inteligência, o que é demonstrado no argumento. Por cá aparecem agora os primeiros passos para continuar a vender negócios de trazer por casa. Chamam-lhe business intelligence. Há uns anos as mesmas consultoras venderam um produto que deveria fazer exactamente o mesmo. Só que então, lhe chamaram sistema de informação.
Constato que o aumento dos custos se está a movimentar em sentido contrário ao da utilidade da informação. Porém, a informação continua a valer ouro, os analistas continuam a provar que não vêem a crise à frente dos olhos e os grandes negócios estão aí.
Aproveitem o divertimento.
actualizando a leitura. Por aqui me passeio. boa divulgação de filme e de livro.
Fraterno abraço
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