domingo, 30 de setembro de 2007
sábado, 29 de setembro de 2007
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
A experiência das pedras
Publicado por vida de vidro às 06:58
Categoria: Escritos doutro lugar
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Renúncia
Eu decido correr a uma provável desilusão: e uma manhã recebo na alma mais uma vergastada - prova real dessa desilusão. Era o momento de recuar. Mas eu não recuo. Sei já, positivamente sei, que só há ruínas no termo do beco, e continuo a correr para ele até que os braços se me partem de encontro ao muro espesso do beco sem saída. E você não imagina, meu querido Fernando, aonde me tem conduzido esta maneira de ser!... Há na minha vida um bem lamentável episódio que só se explica assim. Aqueles que o conhecem, no momento em que o vivi, chamaram-lhe loucura e disparate inexplicável. Mas não era, não era. É que eu, se começo a beber um copo de fel, hei-de forçosamente bebê-lo até ao fim. Porque - coisa estranha! - sofro menos esgotando-o até à última gota, do que lançando-o apenas encetado. Eu sou daqueles que vão até ao fim. Esta impossibilidade de renúncia, eu acho-a bela artisticamente, hei-de mesmo tratá-la num dos meus contos, mas na vida é uma triste coisa. Os actos da minha existência íntima, um deles quase trágico, são resultantes directos desse triste fardo. E, coisas que parecem inexplicáveis, explicam-se assim. Mas ninguém as compreende. Ou tão raros...
Mário de Sá-Carneiro, in "Cartas a Fernando Pessoa"
Publicado por vida de vidro às 06:55
Categoria: Reflectindo
terça-feira, 25 de setembro de 2007
É isso aí
Intérpretes: Ana Carolina e Seu Jorge.
Publicado por vida de vidro às 07:22
Categoria: O que vou ouvindo, Sensações
domingo, 23 de setembro de 2007
a olhar o fundo
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
(...)
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.
Sophia de Mello Breyner Andresen
na contemplação dos monstros. no silêncio sem fim do fundo. de mim.
Publicado por vida de vidro às 16:29
Categoria: Escritos doutro lugar
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Perfeição
Dói-me a beleza exagerada
a perfeição azul do horizonte
a doce transparência da manhã
que finda a névoa da madrugada.
Julho 2005
Publicado por vida de vidro às 06:48
Categoria: O que eu vejo, Sensações
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Madonas da Flandres
Sinais de um culto enraizado. Um caminho que se percorre até ao rosto pensativo e sereno da Madona de Michelangelo.
Publicado por vida de vidro às 06:28
Categoria: O que eu vejo
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
sem ser...
e o desejo de ser sombra. sobre a cor. do silêncio.
Publicado por vida de vidro às 06:50
Categoria: Escritos doutro lugar
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Lição sobre a água
Este líquido é água.
Quando pura
é inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
sob tensão e alta temperatura,
move os êmbolos das máquínas que, por isso,
se denominam máquinas a vapor.
É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
dissolve tudo bem, ácidos, bases e sais.
Congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.
Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão.
António Gedeão
Publicado por vida de vidro às 07:18
Categoria: O que eu vejo, Tanta poesia...
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Robert Doisneau
Foto by Robert Doisneau, O beijo
Um dos mestres. Um olhar sobre a vida nas ruas de Paris.
Site: Robert Doisneau
Publicado por vida de vidro às 18:06
Categoria: Olhares de fascínio